Heresias Históricas
O termo heresia refere-se a doutrinas que divergem dos ensinamentos fundamentais da fé cristã. Ao longo da história da Igreja, diversas heresias surgiram, levando a debates teológicos e ao desenvolvimento das doutrinas cristãs ortodoxas.
Principais Heresias da História da Igreja
Gnosticismo (Século I-II)
- Defendia que a salvação vinha pelo conhecimento secreto (gnose).
- Negava a humanidade plena de Cristo, considerando a matéria como má.
Marcionismo (Século II)
- Criado por Marcião, rejeitava o Antigo Testamento e o Deus de Israel.
- Propunha um "Deus do amor" do Novo Testamento, distinto do "Deus da justiça" do Antigo.
Arianismo (Século IV)
- Ensinado por Ário, negava a divindade plena de Cristo, afirmando que Ele foi criado por Deus.
- Foi condenado no Concílio de Niceia (325 d.C.).
Nestorianismo (Século V)
- Separava a natureza divina e humana de Cristo como se fossem duas pessoas distintas.
- Condenado no Concílio de Éfeso (431 d.C.).
Monofisismo (Século V)
- Afirmava que Cristo tinha apenas uma natureza divina, negando Sua plena humanidade.
- Condenado no Concílio de Calcedônia (451 d.C.).
Pelagianismo (Século V)
- Ensinado por Pelágio, negava a doutrina do pecado original e afirmava que o homem podia alcançar a salvação sem a graça divina.
- Condenado por Santo Agostinho e no Concílio de Cartago (418 d.C.).
Catarismo (Século XII-XIII)
- Movimento dualista que pregava a rejeição do mundo material como obra de um deus maligno.
- Combatido pela Igreja Católica, resultando na Cruzada Albigense.
Importância da Identificação das Heresias
O estudo das heresias históricas ajudou a Igreja a definir e fortalecer suas doutrinas. O desenvolvimento dos credos cristãos, como o Credo Niceno, foi uma resposta às heresias, reafirmando a fé bíblica e a identidade de Cristo.
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