Gnosticismo
O gnosticismo foi um movimento filosófico-religioso que surgiu entre os séculos I e III d.C., influenciado por crenças helenísticas, orientais e judaicas. Ele pregava que a salvação vinha por meio de um conhecimento secreto (gnose), reservado a poucos iluminados.
Principais Características do Gnosticismo
- Dualismo – O mundo material era considerado maligno, criado por um deus inferior (Demiurgo), enquanto o mundo espiritual era puro e governado pelo verdadeiro Deus.
- Conhecimento Secreto – A salvação dependia da revelação de verdades ocultas, acessíveis apenas a iniciados.
- Cristologia Herética – Muitos gnósticos negavam a humanidade de Cristo, afirmando que Ele apenas parecia ter um corpo físico (docetismo). Outros diziam que Jesus era um homem comum que recebeu um espírito divino temporário.
- Rejeição do Antigo Testamento – Consideravam o Deus do Antigo Testamento um ser inferior, opressor da humanidade.
Oposição Cristã ao Gnosticismo
O gnosticismo foi combatido pelos primeiros cristãos, como Irineu de Lião, Tertuliano e Orígenes. Os evangelhos e as cartas apostólicas já alertavam contra esses falsos ensinos (Colossenses 2:8, 1 João 4:1-3).
Influência e Persistência
Embora condenado pela Igreja primitiva, traços do gnosticismo influenciaram grupos esotéricos e místicos ao longo da história. Hoje, algumas crenças modernas, como a ideia de que a verdade espiritual é relativa e individual, refletem influências gnósticas.
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